O Saque-Aniversário está com os dias contados: o que vem por aí no FGTS?
- Guina
- 13 de set. de 2024
- 3 min de leitura
Ah, o Saque-Aniversário do FGTS... você ainda nem tinha decorado como funciona direito, e ele já está de malas prontas para se despedir. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deu aquele famoso "sinal verde" para o fim dessa modalidade, e agora o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, está tentando convencer os parlamentares a apoiar essa mudança. E a gente se pergunta: "Por que tudo o que envolve dinheiro é tão complicado?" Mas calma, vou explicar tudinho e até tentar arrancar um sorriso seu no final.
O que é o tal do Saque-Aniversário?
Implementado lá em 2020 (parece que foi ontem, né?), o saque-aniversário permite que o trabalhador retire uma parte do saldo das suas contas ativas e inativas do FGTS uma vez por ano, no mês do seu aniversário. Um presente de aniversário que pode ou não ser útil, dependendo da situação. Porém, esse saquezinho anual vem com um preço alto: se você for demitido, não pode sacar o valor total do FGTS. Só aquela famosa multa rescisória de 40% paga pela empresa. Ou seja, você ganha um pedaço do bolo, mas fica sem o recheio. E quem quer isso?
Por que o governo quer acabar com ele?
Simples! Porque, desde que esse modelo foi lançado, mais de 9 milhões de trabalhadores foram demitidos e não conseguiram sacar o montante completo que estava lá, guardadinho no FGTS. E, como ninguém gosta de ver o próprio dinheiro preso (mesmo que seja para o futuro), o governo decidiu agir. Afinal, são cerca de R$ 5 bilhões que ficaram encalhados, enquanto o trabalhador, muitas vezes, ficava a ver navios.
Mas, como política sempre tem um "plot twist", o ministro Marinho explicou que a resistência para acabar com o saque-aniversário vem dos próprios parlamentares. E, convenhamos, convencer todo mundo no Congresso é mais difícil do que ganhar na Mega Sena. Então, enquanto eles discutem, a gente espera para ver como isso vai terminar.
O que vem no lugar?
O governo não quer deixar o trabalhador na mão. Por isso, a ideia é dar mais espaço para o crédito consignado, aquele empréstimo que já vem descontado direto do seu salário (antes mesmo de você ver a cor do dinheiro). Parece bom? Depende. A grande preocupação dos parlamentares é que os juros do consignado podem ser mais salgados do que os que o saque-aniversário oferecia. E ninguém quer pagar uma fortuna em juros, né?
Mas, calma! Para acalmar os ânimos, o governo já está pensando em uma forma de colocar um teto nos juros do consignado. E também tem outra boa notícia: as empresas não precisarão aprovar o empréstimo dos seus funcionários. O banco vai apenas informar, e pronto, o desconto já cai no salário. Mais simples? Talvez. Mais perigoso para quem não gosta de fazer contas? Com certeza.
E agora, o que eu faço?
Bem, se você é daqueles que aderiu ao saque-aniversário e está preocupado com o que vai acontecer, ainda tem uma luz no fim do túnel. O governo está preparando uma transição suave (ou pelo menos é o que eles prometem). Ou seja, quem ainda tem contratos de saque-aniversário em aberto poderá encerrar ou migrar para o consignado. Tudo sem pressa, ok?
Por enquanto, o projeto deve ser enviado ao Congresso em novembro. E, até lá, a gente só pode esperar e acompanhar o desenrolar dessa novela econômica que, sinceramente, já tem episódios o suficiente para ser considerada uma série de sucesso. Mas, pelo menos, agora você já sabe que o saque-aniversário do FGTS está com os dias contados e que o consignado pode estar batendo à sua porta.
E aí, qual será a próxima surpresa econômica que vai cair no nosso colo? Fica a pergunta!
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